segunda-feira, 6 de julho de 2009

... Carne, Suspiros e leite... Sem lactose (II)...


Projeto Tubo de Ensaio - Só Risos, UnB - Universidade de Brasília, dias 4 e 5 de julho de 2009. Sábado e Domingo, ICC Ala Sul. Várias performances que tratam de eventos variados por óticas engraçadas, cínicas e multivariadas... O que é uma Performance? A performance, art performance ou performance artística é uma modalidade de manifestação artística interdisciplinar /transdisciplinar que - assim como o happening - pode combinar artes visuais, teatro, música, poesia e ou vídeo. É característica da segunda metade do século XX e suas origens estão ligadas aos movimentos de vanguarda - dadaísmo, futurismo, Bauhaus, etc. - do início do século passado. Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Em geral, segue um "roteiro" previamente definido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É realizada para uma platéia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros, por meio de fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos para se tornar conhecida do público. A perfomance que causa maior impacto, de todas as apresentações é “Want To Break Free” – Eu quero me libertar, onde cinco jovens atrizes encarnam cinco mulheres “realizadas e felizes” que desenvolvem corretamente suas funções como dona de casa e aguardam por seus maridos. Ana Márcia Andrade, Anamaria Otto, Jaqueline Vieira, Jéssica Vasconcellos e Marítissa Benot artísticamente incomodam... Incomodam muito. A característica principal da arte da perfomance e do happening é incomodar, é mostrar o lado desumano do pseudo humano. Encenam a farsa da vida perfeita, mostram a dor que existe nas opressões psicológicas do universo feminino que acostumado a servir, a doar, a desmedida e perpetuadamente realizar múltiplas tarefas com esmero e perfeição, não se dão conta que a síndrome da super-mulher é perigosa e inútil: A sobrecarga de trabalho causa doenças psicológicas irreversíveis e não resolvem nenhuma espécie de questão, apenas agravam situações, empurram a sujeira para debaixo do tapete... I Want To Break Free é o que todas nós precisamos fazer, para viver uma vida mais leve, deixar de nos importar com condicionamentos perpetuados a séculos, porque não precisamos mais viver amarradas e oprimidas e estar com alguém precisa ser prazeroso. Não há necessidade da histeria psicótica de cobranças, obrigações e desgastes, mas a leveza de sorrisos, cheiros, toques, a sinestesia de olhares e comportamentos.

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